Ora bem, acabei mesmo agora de ler o livro "Responde-me" de Susanna Tamaro. O livro divide-se em três contos: Responde-me, O inferno não existe e O bosque em chamas. Todos eles contam histórias de morte, espiritualidade, escolhas e perdão. Consoante o conto, a história é narrada pela vítima ou pelo agressor.
No entanto, no final de cada um dos contos ficamos com a dúvida se de facto houve algum agressor. Racionalmente, sim houve um agressor. Mas...
Leiam e digam qualquer coisa.
Entretanto há dois excertos do primeiro conto que gostava de partilhar com vocês. Neste conto, existe um criança que perdeu a mãe quando tinha 7 anos e ela apenas anda à procura de descobrir o que é o amor.
"O amor existiria de verdade? (...) O amor era uma palavra, uma palavra como mesa, janela, candeeiro. Ou seria outra coisa? (...) Em miúda, tinha acreditado, como se acredita na existência dos duendes. Um dia, porém, fui à procura deles nas gretas dos troncos, sob os chapéus dos cogumelos. Não havia duendes nem fadas, só havia musgos, líquenes, um pouco de húmus e alguns insectos. Em vez de se beijarem, os insectos devoravam-se uns aos outros."
Depois desta primeira busca do amor, a criança decidiu perguntar a uma colega de carteira. Afinal o que é o amor? E a resposta da colega foi "(...) É quando um homem e uma mulher dormem nus, ele por cima e ela por baixo."
Boas leituras
quarta-feira, 18 de abril de 2007
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