terça-feira, 22 de maio de 2007

"O último cabalista de Lisboa"

Este livro é simplesmente muito bom. No início tive um pouco de dificuldade em introduzir-me nos termos hebraicos mas rapidamente me vi em 1506 a calcorrear todas as ruas de Lisboa.
Aprendi muita coisa, desde a origem das alheiras até à forma como a religião pode cegar as pessoas.

Eu rotularia o livro de romance histórico envolto em suspense e mistério. Em traços largos, o Mestre Abraão é assassinado na Páscoa fatídica de 1506 e o seu sobrinho, Berequias Zaarco, não descansará enquanto não descobrir quem foi o seu assassino.


E não queria deixar de transcrever uma frase:

"Enquanto caminhamos, observamos a atitude respeitosa do povo da cidade, o mesmo povo que um dia ou dois antes era capaz de exigir a cabeça do rei. «Esta passividade está profundamente entranhada nas almas dos cristãos portugueses. Nunca nenhuma revolta há-de aqui ter sucesso.»"

Impressionante como já no séc. XVI tínhamos a mesmas características que apresentamos hoje... (será importante referir que o livro é baseado em escritos verdadeiros, por isso esta frase me pareceu tão interessante)

1 comentário:

Anónimo disse...

fantastiko
na minha opiniao, a frase mais emblemática do livro é precisamente.É uma caracterização pouco bonita, mas muito real. Qual é e página mesmo?
é que eu já acabei de ler o livro, mas n konsigo enkontrar a página :S
bjs
bm ano